Café arábica inicia semana com alta próxima de 200 pts na Bolsa de Nova York de olho no frio no Brasil

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O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão desta segunda-feira (3) com alta próxima de 200 pontos e os vencimentos mais distantes voltaram ao patamar de US$ 1,30 por libra-peso. As cotações oscilaram durante o dia repercutindo as informações de frio intenso no Brasil nesta semana e também registraram ajustes técnicos. Os operadores também ajustam posição antes do feriado “Independence Day” nesta terça (4).

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 125,85 cents/lb com alta de 180 pontos, o setembro/17 registrou 127,70 cents/lb com avanço de 200 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 131,10 cents/lb e valorização de 190 pontos e o março/18, mais distante, subiu 185pontos, fechando a 134,60 cents/lb.

 

Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 2ª feira – Fonte: Investing

Os operadores no terminal externo já repercutiam as informações sobre a previsão de forte frio nesta semana. No entanto, segundo informações da Climatempo, não há chances de geadas no cinturão do grão nos próximos dias. Ainda assim, as temperaturas podem chegar a 5°C no Sul de Minas Gerais nesta terça-feira. “O dia foi calmo e sem grandes emoções mercadológicas, mesmo com as baixas temperaturas que assolaram importantes regiões produtoras”, explicou em relatório o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

“O frio acontece por conta do avanço de uma massa polar ao Centro-Sul do país. As mínimas podem chegar a 5°C em cidades do Sul de Minas nesta terça, mas não há chances de geadas já que essa massa é de forma marítima e não continental, que é a que costuma provocar geadas”, afirma o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento. O frio deve diminuir ao longo da semana nas áreas produtoras e as chances de geadas são mínimas.

A colheita da safra 2017/18 avança nas áreas produtoras de café do Brasil. Segundo a Safras & Mercado, até 27 de junho, os trabalhos estavam em 44% no Brasil. Levando em conta as estimativas da consultoria de 51,1 milhões de sacas de 60 kg neste ano no país, é apontado que foram colhidas 22,59 milhões de sacas.

Segundo reportes de agências internacionais, a alta em Nova York acontece mesmo diante do Citigroup, que elevou em 3,6 milhões de sacas de 60 kg sua previsão para produção mundial na safra 2017/18, que agora deve ficar em 151,6 milhões de sacas. A trader sul-africana I&M Smith se mostra menos otimista.

“Pode-se especular, porém, que com os mexicanos e os americanos centrais aparentemente já estão bem vendidos… que os volumes globais de exportação de café para o ano de café atual deva começar a cair para mais perto dos do ano anterior do café”, disse. A perspectiva de uma safra menor e este ano no Brasil e o potencial declínio das exportações do Vietnã também apoiam essas ideias.

Em junho (21 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,90 milhão de sacas de 60 kg e receita de US$ 309,3 milhões. Uma queda de 7,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e recuo de 17% em relação a maio passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

A OIC (Organização Internacional do Café) divulgou na sexta-feira (30) que a exportação mundial de café registrou aumento de 8,8% em maio passado, em relação ao mesmo período de 2016. Foram embarcadas 10,878 milhões de sacas de 60 quilos contra 10,002 milhões de sacas em maio do ano passado. Do total embarcado em maio, 6,915 milhões de sacas foram de café arábica (mais 15,2% ante 2016, quando foram exportadas 6,004 milhões de sacas).

A Bolsa de Nova York não funciona nesta terça por conta do feriado “Independence Day”. Os trabalhos voltam ao normal na quarta-feira (5).

Mercado interno

Os trabalhos de colheita avançam nas origens produtoras do Brasil, mas os negócios estão bastante lentos. “Os trabalhos de colheita continuam a avançar, mas a liquidez envolvida na rotina cafeeira é tímida e não empolga os envolvidos. Os preços estão engessados nas atuais bases e ao que parece, sem mostrar força de reação”, disse Marcus Magalhães.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com alta de 0,40% e saca cotada a R$ 502,00. A cidade de Poços de Caldas (MG) teve a maior oscilação dentre as praças com alta de 0,42% e saca a R$ 474,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com 470,00 a saca e queda de 2,08%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Franca (SP) (-1,08%) e Patrocínio (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. Guaxupé (MG) teve a maior oscilação no dia com alta de 1,11% e saca a R$ 455,00.

Na sexta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 445,86 e alta de 0,53%.

 

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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