A exportação de cafés especiais, produzidos com os grãos chamados premium, já representam 20% do total da bebida exportada pelo Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o segmento gourmet de café cresceu 13% nos últimos três anos, enquanto o consumo do produto tradicional apenas 3,5% no mesmo período. O sabor diferenciado dos grãos especiais caiu no gosto dos brasileiros e algumas marcas e cooperativas mineiras já vendem suas safras especiais para outros países. Em um mercado que vai movimentar mais de R$ 20 bilhões este ano no país, o crescimento abre oportunidades para milhares de profissionais envolvidos com o café.
Os cafés especiais tiveram grande espaço durante a Semana Internacional do Café (SIC), que ocorre na semana passada em Belo Horizonte e reuniu cafeicultores, torrefadores, exportadores, compradores, empresários, apreciadores e proprietários de cafeterias. A busca por conhecimento e segredos sobre técnicas para se produzir os cafés especiais movimentou centenas de produtores. Mas, afinal, qual o segredo para se produzir grãos com os sabores diferenciados que são disputados em vários cantos do mundo? “O processo vai desde a plantação, passa pelo cuidado na colheita, secagem, transporte e tratamento do grão. É um trabalho meticuloso até a xícara”, conta Breno Mesquita, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões do Café da entidade. Segundo ele, o setor dos cafés especiais, que anos atrás era um nicho, se transformou em uma tendência.
Fonte: Estado de Minas