O mundo deverá demandar muito pouco petróleo adicional da Opep neste ano, uma vez que uma produção em alta nos Estados Unidos irá compensar a queda nas exportações do Irã e da Venezuela, disse nesta quarta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
A IEA disse que a decisão de Washington de encerrar isenções temporárias de sanções que permitiam que alguns importadores continuassem a comprar petróleo do Irã ajudou a traçar um “panorama confuso sobre a oferta”.
“No entanto, houve sinais claros, e na visão da IEA muito bem vindos, de outros produtores no sentido de que irão substituir os barris do Irã, ainda que gradualmente, em resposta a pedidos dos clientes”, disse a agência com sede em Paris em seu relatório mensal.
“Há certamente oportunidade para outros produtores aumentarem a produção”, disse a IEA, acrescentando que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) produziram em abril cerca de 440 mil barris por dia (bpd) menos que o acertado no acordo de produção entre o grupo e aliados. A Arábia Saudita produziu 500 mil bpd abaixo de sua alocação.
Mas a agência acrescentou que uma produção maior fora da Opep, especialmente nos EUA no segundo trimestre, deverá manter o mercado bem abastecido.
A produção de petróleo e condensados dos EUA deverá ter uma expansão de 1,7 milhão de bpd em 2019, com o petróleo respondendo por cerca de 1,2 milhão de bpd dessa alta, disse a IEA, destacando que a alta seria menor que em 2018, quando o crescimento no petróleo foi de 1,6 milhão de bpd.
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