Soja: Mercado busca estabilidade nesta 4ª feira em Chicago após movimentos intensos

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A soja opera com estabilidade na manhã desta quarta-feira (29) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa já registraram um início de semana conturbado, testando os dois lados da tabela e agora busca encontrar um equilíbrio. Assim, por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações caíam pouco mais de 1 pontos nas posições mais negociadas.

O movimento, como explicam analistas, é típico do final do mês, quando os grandes fundos estão fechando seus balanços e precisam garantir bons resultados, acentuando a já intensa volatilidade entre os negócios, também comum nessa época em que o comportamento climático nos Estados Unidos é o principal fundamento acompanhado pelos traders.

De acordo com as notícias de sites internacionais, o mercado ainda observa os compradores e vendedores muito ativos, ajustando suas posições e de olho nas últimas previsões de clima para o Meio-Oeste americano.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja fecha o dia com altas de dois dígitos na CBOT e sobe mais de 1% nos portos do Brasil

Na sessão desta terça-feira (28), o mercado internacional da soja conseguiu sustentar sua recuperação e fechou o dia com altas de 12 a 14,75 pontos entre os principais contratos. O dia, novamente, foi de movimentos técnicos e de correção, após as baixas expressivas registradas na sessão anterior, que chegaram a bater nos 30 pontos. Assim, o novembro/15, referência para a safra americana, encerrou o pregão valendo US$ 9,44 por bushel.

“Os caçadores de barganhas e bons negócios e os movimentos de tentativa de realização de lucros (depois das últimas quedas) desencadearam esse bom avanço das cotações diante de uma falta de novidades entre os fundamentos (principalmente sobre o clima nos Estados Unidos, que domina o mercado futuro norte-americano)”, afirmou Bryce Knorr, analista de mercado do site internacional Farm Futures.

O mercado internacional da soja – e das demais commodities – vem sendo pautado pelos movimentos do mercado financeiro e os últimos e turbulentos dias foram suficientes para derrubar os preços da oleaginosa na CBOT, fazendo-os perder, inclusive o patamar dos US$ 10,00 por bushel. A aversão ao risco esteve bastante presente e motivou uma saída dos fundos de investimento de ativos mais sensíveis para outros mais seguros, como o dólar, que subiu e também contribuiu para a recente pressão.

Assim, com uma trégua do financeiro e do dólar no cenário externo, as cotações também puderam recuperar uma parte do seu fôlego. “O que foi sentido hoje foi que os níveis de soja, milho e trigo já estão baratos para os compradores, ou seja, os importadores. Então, o mercado está sendo, desde a semana passada, bastante comprador, e agora os grandes investidores – que estavam liquidando suas posições – já começaram a revê-las sabendo que tem muito comprador de físico agora e não tem mais oferta de físico no mercado global”, diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Ao mesmo tempo, o mercado segue observando a falta de novidades sobre o clima nos Estados Unidos o que é, ainda segundo Brandalizze, um fator que limita grandes altas no mercado internacional. Segundo reporta o Farm Futures, as condições atuais de clima nos Estados Unidos são “moderadamente favoráveis”, com chuvas que agora se mostram localizadas e menos intensas.

No mapa que traz a previsão climática para os próximos sete dias nos EUA, o NOAA – departamento oficial de clima dos Estados Unidos – mostrou que o calor ainda é moderado e que as tempestades se deslocam de Iowa e Minnesota hoje, mas que as precipitações devem ficar mais limitadas à região leste do Corn Belt. Já nas previsões mais alongadas, de 6 a 10 e 8 a 14 dias, o padrão deverá ser de temperaturas abaixo do normal e as chuvas voltando aos corredores I-70 e I-80.

Entre os dias 28 de julho a 4 de agosto, alguns estados como Missouri poderão acumular chuvas entre 0,25 mm a 31,75 mm. O percentual é o mesmo previsto para o estado de Illinois. Em Indiana, as precipitações poderão totalizar entre 0,25 mm a 12,70 mm, já em Ohio, o índice deverá ficar entre 0,25 mm e 6,35 mm. No estado de Iowa, as chuvas poderão somar entre 12,70 mm a 50,80 mm, conforme indica o mapa abaixo.

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Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 28 de julho a 4 de agosto – Fonte: NOAA

E apesar dessa melhora no cenário climático, o novo boletim semanal de acompanhamento de safras divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na tarde desta segunda-feira (27) foi mantido inalterado o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições em 62%. O número é o mesmo das duas semanas anteriores e ainda se mostra abaixo da média dos últimos cinco anos de mais de 70%.

Mercado no Brasil

Com o dólar fechando sua quinta sessão consecutiva em alta, os prçeos da soja no Brasil também registraram um dia de ganhos. Os valores subiram tanto nos portos como no interior do país, e onde não subiram, se mantiveram estáveis. O ritmo dos negócios, no entanto, está bem reduzido nesse início de semana, ainda de acordo com Vlamir Brandalizze, já que os atuais patamares de preços já não são mais tanto atrativos para produtores que aproveitaram bem as recentes oportunidades que o mercado trouxe para comercializar bem safra nova e o remanescente da safra velha.

Em Paranaguá, a soja disponível subiu 2,01% para R$ 76,00 por saca, e a futura, recuou ligeiramente – 0,8% – para R$ 74,30. Já em Rio Grande, alta de 1,59% para a disponível e 1,18% para a futura, com os últimos preços de R$ 76,70 e R$ 77,10/saca. Em Santos, alta de mais de 4% para R$ 77,50. No interior, o destaque ficou por conta de São Gabriel do Oeste/MS, onde o ganho foi de 2,46% para R$ 62,50 e Não-Me-Toque, com alta de 1,59% para R$ 64,00.

E o combustível principal para os ganhos da soja no Brasil tem sido o câmbio. Nesta terça, a moeda americana fechou com alta de 0,15% a R$ 3,3690. Porém, ao longo do dia, as altas foram muito superiores e a divisa bateu na máxima de R$ 3,4353, subindo 2% depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s sinalizou que o Brasil poderia perder seu grau de investimento. “Mas o avanço foi limitado porque investidores ponderaram que a deterioração da nota do país já estava parcialmente embutida nos preços”, noticiou a agência Reuters.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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