Adversidades climáticas endurecem desafio da safra 2019/20 para produtor do EUA

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Os próximos dias continuarão sendo de frio intenso em boa parte dos Estados Unidos e as condições atuais de clima seguem preocupando os produtores norte-americanos. As temperaturas mais baixas, como mostra a consultoria internacional ARC Mercosul, deverão ser sentidas, principalmente, sobre a região do Delta do Mississipi, como mostra o mapa a seguir.

Temps ARC

Fonte: ARC Mercosul

A maior parte do Cinturão do Milho, de outra forma, já conta com um cenário um pouco mais favorável, com as temperaturas começando a subir e permitindo que a camada de gelo que ainda está sobre o solo de algumas regiões comece a derreter e permitir os trabalhos de campo.

“O mês de maio é o período de maior atividade no campo, sendo crucial a manutenção de temperaturas médias, acima dos 10 graus Celsius, e chuvas regulares”, explica a ARC. E são esperadas algumas chuvas para os próximos cinco dias nos EUA, como ilustra o mapa abaixo:

Fonte: ARC Mercosul

A safra 2019/20 dos EUA começa, de fato, sob condições climáticas longe das ideais, porém, ainda é cedo para que o mercado e seus participantes possam entender quais serão os impactos destas adversidades para o potencial das lavouras. Até este momento, o que se pode observar é uma lentidão – que já era esperada -nos trabalhos de campo nas principais regiões produtoras.

No caso do milho, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que, até o último domingo (14), 3% da área prevista para o milho já havia sido semeada, índice em linha com a média dos últimos cinco anos e apresentando, porém, um avanço na semana somente de 1 ponto percentual.

“A ARC alerta que ainda é muito prematuro a preocupação com o progresso de plantio latente. Entretanto, problemas climáticos – chuvas e neve excessiva – continuam impedindo o avanço dos trabalhos de campo, e atrasos poderão ser empilhados nas próximas semanas”, explicam ainda os analistas da consultoria.

Neste ano, o clima tem sido somente um dos desafios dos produtores norte-americanos. Um dia a mais é como um dia a menos para agricultores em todas as regiões agrícolas do Estados Unidos. Lidar com o excesso ou a falta de umidade, por exemplo, é naturalmente conhecido – e bem manejado – por eles, mas a baixa intensa dos preços e a perda de mercados internacionais importantes por conta da guerra comercial tem sido mais difícil.

“Cada dia que passa fica mais difícil”, diz o produtor de Iowa John Maxwell ao portal Quad-City Times. No estado, como relata o agricultor, os agricultores não foram afetados pelas últimas inundações, porém, explica que o clima muito frio e úmido ainda segura os trabalhos de campo.

E Maxwell diz ainda sobre produtores comentando em torno de uma ajuda do governo. No entanto, afirma que são mecanismos insuficientes, que resolvem o problema apenas paliativamente, sem trazer uma solução efetiva para a situação bastante grave do agricultor norte-americano. E em muitos casos, nem mesmo os custos são cobertos com as poucas vendas que têm sido feitas.

“Temos muito mais milho e soja estocado este ano ano, assim como muitos e muitos produtores. Neste momento, infelizmente, os produtores estão vendendo seus grãos em linha ou até mesmo abaixo dos custos de produção”, diz o agricultor de Iowa.

Dessa forma, a conclusão é que todo esse cenário de adversidade climática é mais uma gota no copo já cheio do produtor americano. E para John Maxwell, um atraso no plantio será inevitável. “Nós não pudemos fazer nada no outono, que é quando normalmente colocamos nossos fertilizantes, então estamos um pouco atrasados, sem dúvida. E agora ainda temos esse frio ainda nos segurando. Nós não começamos a plantar antes de as temperaturas superarem os 10ºC (50ºF). Então, isso tem sido um desafio para nós”.

Assim, os olhos dos produtores americanos não desgrudam das previsões climáticas, uma vez que os investimentos este ano serão, inevitavelmente, mais caros e mais arriscados, como explica Virgil Schmitt, especialista em safras da ISU Extension Office, também ao portal Quad-City Times.

“Eu quero ter certeza de que cada dólar que eu colocar nesta safra me trará, pelo menos, um dólar de volta. Então, posso cortar meu fertilizante sem causar grandes problemas? Se sim, quanto? Eu quero ter certeza ainda de que terei um controle eficiente de ervas daninhas, mas preciso fazer isso ser financeiramente viável. O espaço para erros é muito menor este ano”, diz.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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