Argentina: Estiagem provoca prejuízo de U$ 2,5 bi a produtores

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Buenos Aires, 23 – O setor produtivo da Argentina contabiliza prejuízos de US$ 2,5 bilhões com as perdas nas lavouras de soja e milho devido à estiagem. O cálculo é da Confederação de Associações Rurais da Terceira Zona (Cartez), de Córdoba, uma das principais províncias produtoras do país, e leva em conta menor rendimento médio das lavouras em consequência da falta de chuvas em volume desde dezembro. Segundo o documento da Cartez, o rendimento da lavoura, que ocupa 18,6 milhões de hectares, cairá de 2.800 quilos por hectare para 2.400 kg/ha.

Considerando um custo total de produção de US$ 766 por hectare na soja, a entidade calculou que o produtor pode perder cerca de US$ 94 por hectare, o que somaria uma perda de US$ 1,748 bilhão. No caso do milho, a perda por hectare seria de US$ 167, com queda do rendimento de 6.500 quilos para 5.500 quilos por hectare. A lavoura de milho está estimada em 4,4 milhões de hectares, com um custo ao produtor de US$ 1.200 por hectare. Nas projeções da entidade, o produtor do cereal sofrerá uma perda de US$ 734,8 milhões. O total do prejuízo de ambos os cultivos seria de US$ 2,48 bilhões para o produtor.

A combinação de menores preços em relação à safra anterior com a seca pode provocar uma queda nas exportações de entre US$ 3,5 a US$ 6 bilhões, conforme cálculos de diferentes consultores do país. Esta é uma das principais razões para que o governo não abra exceções ao novo esquema de controle das importações que passa a vigorar a partir de primeiro de fevereiro. Nas contas da Secretaria de Finanças do Ministério de Economia, o governo precisa manter o superávit comercial entre US$ 10 a US$ 12 bilhões.

“A quebra da safra é uma forte perda para o comércio exterior, que não tem modo de compensação através de outros produtos”, explicou o analista Jorge Todesca, da consultoria Finsoport. O final de semana foi de chuvas, mas em volumes insuficientes em várias regiões. Todesca afirma que ainda é prematuro fazer uma avaliação definitiva da situação. Mas, com base em informações de mercado, ele disse que é possível esperar que a colheita de grãos caia 11 milhões de toneladas em relação às estimativas de dezembro. “Do ponto de vista do comércio exterior, essa mudança de perspectivas significa passar de um total exportado de U$S 29,841 bilhões para U$S 26,268 bilhões. Ou seja, um retrocesso de US$ 3,573 bilhões”, estimou o economista.

No que diz respeito à arrecadação do Estado pelos impostos às exportações dos principais produtos, poderia haver uma diminuição de mais de US$ 1 bilhão conforme o tamanho da perda das lavouras. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou, na semana passada, que a colheita total da Argentina em 2012 retrocederá dos 100,9 milhões de toneladas para 94,6 milhões de toneladas. O cultivo da soja cairia de 48,9 milhões de toneladas para 45 milhões e o de milho, de 23 milhões de toneladas a 21,5 milhões.

Para o analista Miguel Kiguel, da consultoria Econviews, embora os preços das commodities tenham se recuperado nos últimos meses, ainda se encontram em torno de 15% abaixo do verificado na última safra. “Somando a queda dos preços com uma redução em torno de 5% dos volumes, as vendas externas do setor poderiam chegar a US$ 6 bilhões menos que na safra anterior “, disse Kiguel. Estudo publicado pelo Banco Ciudad afirma que as exportações de soja sofreriam uma queda de US$ 3,2 bilhões e as de milho, de US$ 2,1 bilhões, um total de US$ 5,3 bilhões.

 

Fonte: Agência Estado

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