Commodities Agrícolas

Acomodação
Após os contratos de café dispararem na quinta-feira, os preços futuros fecharam no dia seguinte em baixa, não sem antes atingir patamares que não eram observados desde maio. Os lotes do arábica negociados na bolsa de Nova York fecharam com recuo de 265 pontos, a US$ 1,961 a libra-peso. Os fundos buscaram realizar parte dos lucros alcançados na sessão anterior. A tendência, segundo os analistas, é de o mercado continuar sustentado, dados os resultados da colheita no Brasil, que confirmam a necessidade de mais grãos para encher as sacas. Além disso, há o temor de uma florada antecipada já em agosto para a safra 2015/16, o que poderia prejudicar a produção do próximo ciclo. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o arábica tipo 6 subiu 2,1%, para R$ 248,02 a saca.

Tempestade ao longe
Os contratos futuros de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) voltaram a recuar na bolsa de Nova York na sexta-feira com o afastamento de uma tempestade da região da Flórida. Os contratos para setembro encerraram a sessão com queda de 105 pontos, a US$ 1,4395 por libra-peso. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) informou que a tempestade tropical Bertha, que já havia passado pelo norte de Cuba, deveria se afastar da costa leste dos EUA nesta semana. A indicação aliviou a tensão entre os traders, que costumam dar atenção aos alertas climáticos nesta época, por causa da fase de furacões. A cotação da laranja no mercado interno não pôde ser apurada sexta-feira porque o acesso aos dados do Cepea, da Esalq, foi limitado devido à greve na USP.

Previsão de chuvas
Os preços da soja recuaram durante toda a sessão na bolsa de Chicago com novas previsões de tempo chuvoso no cinturão agrícola dos EUA para esta semana. Os contratos da oleaginosa com vencimento em setembro fecharam com recuo de 26,25 centavos, a US$ 10,735 o bushel. A empresa de meteorologia DTN informou, em seu relatório diário, que previa chuvas limitadas para o Meio-Oeste até quarta-feira, mas ressaltou que as baixas temperaturas já têm mantido a umidade no solo. A partir de quinta-feira, devem haver precipitações em diferentes intensidades a depender da região, com chuvas mais pesadas no norte do cinturão. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a soja no Paraná teve leve alta de 0,06%, para R$ 63,93 a saca de 60 quilos.

Chuvas na Europa
As cotações do trigo subiram na sexta-feira pelo terceiro dia consecutivo nas bolsas americanas. Em Chicago, os lotes para dezembro fecharam em alta de 3 centavos, a US$ 5,5325 o bushel. Em Kansas, onde é negociado o trigo de melhor qualidade, o papel com igual vencimento fechou com avanço de 4 centavos, a US$ 6,435 o bushel. As chuvas na Europa central na semana passada podem ter prejudicado a qualidade do grão para uso na indústria de farinha, de acordo com analistas. O problema no continente pode levar parte dos compradores a voltarem suas atenções à produção dos EUA. Por enquanto, o ritmo de exportações do país está lento. No mercado interno, o preço médio do trigo no Paraná subiu 0,03%, para R$ 34,96 a saca de 60 quilos, de acordo com o Deral/Seab.

Fonte: Valor Econômico.