Dólar mantém baixa diante de expectativa de nomes da equipe econômica

  1. Home
  2. /
  3. Noticias
  4. /
  5. Mercado Futuro
  6. /
  7. Dólar mantém baixa diante...

A expectativa de que a presidente Dilma Rousseff anuncie ainda nesta sexta-feira os principais nomes da nova equipe econômica e a esperança de que eles agradem ao mercado empurram o dólar às mínimas em duas semanas ante o real nesta sexta-feira, na casa de R$ 2,52. O “trade” de venda é reforçado pelo apetite por risco no exterior, após a surpresa com o corte de juros na China, principal parceiro comercial do Brasil.

De acordo com a jornalista Angela Bittencourt no blog Casa das Caldeiras, do Valor, um importante assessor do governo recomenda que se preparem as biografias de Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini. Segundo a jornalista, os sinais indicam que a equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma será anunciada ainda nesta sexta-feira. A jornalista lembra ainda que Tombini, Barbosa e Levy são conhecidos e respeitados no mercado financeiro pelo trabalho executado nos últimos governos.

O diretor de pesquisas para mercados emergentes nas Américas do Nomura, Tony Volpon, acredita “muito provavelmente” Levy – atual presidente da Bradesco Asset Management, braço de investimentos do Bradesco – será anunciado como o novo ministro da Fazenda no lugar de Guido Mantega.

Volpon acredita que, caso Levy seja confirmado no cargo, é possível esperar o anúncio de um “crível” plano fiscal nas próximas semanas, que será essencial para restaurar a confiança dos mercados. “Esperamos principalmente um plano fiscal plurianual que leve a uma estabilização da dívida, hoje em alta”, afirma o executivo em nota a clientes.

A definição da equipe econômica, especialmente do ministro da Fazenda, é amplamente aguardada porque sinalizará o rumo da política econômica, o que impacta diretamente as ações no câmbio, principalmente a política de inter venções no mercado de dólar.

Para o operador de câmbio da H.Commcor, Cleber Alessie, levando em conta o estoque de swaps cambiais do Banco Central no mercado e as perspectivas internas e externas, ainda há espaço para o BC continuar com a “ração” diária em 2015. “Provavelmente não em US$ 200 milhões por dia, talvez menos, US$ 100 milhões, mas o fato é que o BC está aumentando a posição em swaps de forma mais lenta e não está gastando as reservas internacionais, que são lastro para a posição em swaps. Apenas se o BC começar a gastar reserva acredito que o espaço para vender mais swaps ficará mais limitado”, diz.

O Morgan Stanley avalia que a perspectiva de mais altas na Selic deve oferecer um suporte de curto prazo ao real. Os economistas do banco esperam que a taxa de juros seja elevada em mais 0,75 ponto percentual, o que a levaria para 12,00% ao ano em 2015, antes de o BC começar em dezembro do próximo ano um ciclo de afrouxamento monetário.

Além da alta de juros, o Morgan espera um alívio de curto no real com o anúncio de “algumas reformas positivas” na economia. “No entanto, a previsão de médio prazo ainda é de fraqueza para o real, uma vez que esperamos que essas reformas não sejam suficientes ou ocorram mais para o fim de 2015”, afirmam os economistas do banco em relatório.

O Morgan Stanley estima que o dólar terminará este ano em R$ 2,47 e suba para R$ 2,80 até o fim de 2015. Às 13h15, o dólar comercial caía 1,85%, a R$ 2,5285, caindo a R$ 2,5267 na mínima – menor patamar intradia desde o último dia 6 (R$ 2,5067). No mercado futuro, o dólar para dezembro cedia 1,71%, a R$ 2,5340.

A forte queda do dólar no Brasil também decorre de fatores externos. Moedas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano, também têm expressiva alta em reação ao corte de juros na China. O banco central chinês reduziu taxas de juros pela primeira vez desde 2012, em uma esposta à desaceleração do crescimento na economia local, a segunda maior do mundo.

Ações de estímulo na China impactam o real devido à exposição do comércio exterior do Brasil ao gig ante asiático. De longe, a China é o principal comprador dos produtos brasileiros, responsável por absorver 19,11% das nossas exportações (considerando o acumulado do ano até outubro). Os Estados Unidos vêm em seguida, com 11,64%.

Fonte: Valor Econômico.

Baixe grátis nossos E-books:

Nosso curso de Spread está com a turma lotada!

Estamos nos organizando para conseguir atender todos os alunos com excelência. Deixe seu e-mail que em breve vamos abrir uma nova turma e te avisaremos

Nosso curso MasterClass está com a turma lotada!

Estamos nos organizando para conseguir atender todos os alunos com excelência. Deixe seu e-mail que em breve vamos abrir uma nova turma e te avisaremos

Nosso curso de Análise Gráfica e Técnica está com a turma lotada!

Estamos nos organizando para conseguir atender todos os alunos com excelência. Deixe seu e-mail que em breve vamos abrir uma nova turma e te avisaremos