Exportador atrasa “hedge” cambial com safra menor e incerteza sobre Previdência (REUTERS)

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Os exportadores brasileiros têm pisado no freio na hora de fecharem contratos de câmbio nestes primeiros meses do ano, e mesmo uma aceleração a partir de agora não deve significar ingressos de recursos volumosos o suficiente para levar o dólar de volta às mínimas do ano, na casa de 3,65 reais.

A alta da moeda norte-americana em março para os 4 reais até estimulou alguma antecipação de “hedge” cambial, com as empresas vendendo na B3 contratos a termo de dólar sem entrega física, os chamados NDFs. Mas esse reforço apenas equiparou os volumes do trimestre aos dos primeiros três meses de 2018. E, com a expectativa de menor crescimento nas exportações e o cenário tortuoso para a Previdência, a venda de dólar se torna mais arriscada, o que desestimula o fechamento de câmbio e, portanto, de entrada de fluxo no mercado.

Nesta quinta-feira, o dólar voltou a alcançar a marca de 4 reais, mas passou a cair e operar em torno de 3,95 reais após fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, de que a autoridade monetária não tem “preconceitos” em relação ao uso de qualquer instrumento cambial.

“As primeiras duas semanas de abril foram fracas, e mesmo o dólar rondando agora os 4 reais não tem atraído fluxo mais forte”, disse Fernando Pierri, superintendente-executivo de empréstimos e pagamentos do Santander Brasil.

“O exportador é muito movido por oportunidade. Ele só faz esse ‘hedge’ se achar que o dólar pode cair. No atual momento, ele teria de estar otimista”, disse Fabio Zenaro, diretor de produtos de balcão, commodities e novos negócios da B3.

No acumulado dos três primeiros meses de 2019, as vendas de dólares pelas empresas exportadoras na B3 via NDFs chegaram a 32,1 bilhões de dólares, praticamente o mesmo volume do primeiro trimestre do ano passado, quando houve aumento de 28 por cento sobre os três meses iniciais de 2017. Os dados são da B3. O volume de exportação no período caiu 4 por cento sobre um ano antes (pela média diária), conforme números do Ministério da Economia.

Pelo relatório mais recente, de março, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima a safra de soja do Brasil em 2019 em 116,9 milhões de toneladas, abaixo do total de 123,08 milhões do ciclo anterior.

As receitas com vendas do complexo soja (grão, farelo e óleo) devem cair 20 por cento em 2019 sobre 2018, conforme a Abiove. O complexo soja é o principal produto da pauta de exportação do país, representando 17,1 por cento de todas as vendas externas no ano passado.

De acordo com Marcelo Carvalho, responsável pela área de corporate banking do BofAML no Brasil, muitas empresas adiantaram no fim do ano passado operações cambiais, o que reduz o espaço para “surpresas” positivas do lado do fluxo nos próximos meses.

Carvalho reconhece que o patamar historicamente alto para o dólar, perto de 4 reais, é um elemento a fomentar adiantamento de “hedge”, mas lembra que os exportadores também deram um passo para trás diante de incertezas tributárias.

Ele se refere ao entendimento da Receita Federal, desde o fim do ano passado, de que se deve cobrar IOF nas operações de câmbio referentes à internalização de recursos de exportação mantidos no exterior. Algumas empresas acionaram a Justiça contra a taxação, mas o assunto segue em aberto.

O executivo destaca que a aprovação da reforma previdenciária poderia “destravar” a demanda por “hedge” cambial na venda de dólar, à medida que a redução da incerteza levaria investidores a desfazer posições defensivas no mercado, o que derrubaria a cotação da moeda.

“Nesse caso, o exportador se anteciparia, mas sem a presença forte do estrangeiro uma queda substancial do dólar é dúvida”, afirmou, citando taxas entre 3,80 reais e 3,85 reais com a volta do exportador.

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Fonte: Reuters

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