Falta de chuva atrasa plantio de soja no Centro-Oeste

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A falta de chuvas no Centro-Oeste desde o início de outubro levou os produtores da região a interromperem o plantio de soja nos últimos dias, o que pode provocar ajustes na área que será ocupada por cada cultura nessa região na safra 2014/15.

Em Mato Grosso, a semeadura de soja está praticamente estagnada desde sexta-feira passada em quase 740 mil hectares, ou 8,4% de toda a extensão em que se pretendia cultivar o grão no Estado, de 8,8 milhões de hectares. Essa área, porém, pode recuar, caso as chuvas demorem para voltar.

Segundo a Somar Meteorologia, a partir de segunda-feira já devem ocorrer algumas precipitações, que devem variar de 20 a 50 milímetros ao longo da semana em todo o país. “Há produtor apostando agora no plantio, mesmo sem umidade, já vendo essas chuvas [previstas para] semana que vem”, segundo Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Porém, a maior parte aguarda o retorno de chuvas mais intensas para reavaliar os próximos passos.

O déficit hídrico de outubro é de quase 100%, considerando que não chegou a chover 1 milímetro no Estado ante uma média de 180 milímetros. A falta de umidade deve levar ao replantio de parte das áreas já semeadas, assegura Ricardo Tomczyk, presidente da entidade que representa os produtores de Mato Grosso, a Aprosoja-MT. “Algumas plantações já estão sofrendo com a seca, as perdas já se concretizaram”, avalia.

Os mapas climáticos indicam que as chuvas só devem voltar ao país de forma constante no fim do mês. A Somar calcula que o regime de chuvas deve se regularizar a partir do dia 27. Dessa forma, restaria pouco tempo para o encerramento da semeadura de soja dentro da janela ideal de plantio, que termina na primeira quinzena de novembro em Mato Grosso.

O presidente da Aprosoja acredita que os produtores podem optar por deixar parte das terras descansando até janeiro, quando então podem plantar algodão. Por enquanto, estima-se que a cultura da fibra deve ocupar de 540 mil a 617 mil hectares.

Uma possibilidade mais concreta é que o adiamento do período de plantio da soja reduza o tempo hábil de semeadura do milho “safrinha”, plantado logo após a colheita da oleaginosa. A janela ideal para semear a cultura, que vai de meados de janeiro até o fim de fevereiro, já está comprometida. Segundo Tomczyk, o plantio da soja concentrado em novembro vai postergar a colheita do grão e o plantio de milho para o fim de fevereiro.

Segundo Marco Antonio dos Santos, da Somar, alguns produtores já estão mesmo cancelando compras de pacotes de insumos para o cultivo de milho de inverno, o que indica que a área com o grão deve ficar abaixo do estimado. No ciclo 2013/14, a área com milho de segunda safra em Mato Grosso ocupou 3,2 milhões de hectares, segundo a Conab.

Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora, de Curitiba, acredita que algumas áreas de milho de segunda safra podem ser trocadas por sorgo ou cobertura de solo.

Para Ricardo Tomczyk, da Aprosoja, o atraso no plantio pode gerar inclusive perda de produtividade das lavouras da oleaginosa em Mato Grosso. “O deslocamento do plantio traz maior incidência de doenças, como a ferrugem”.

Já Santos acredita ser precipitado estimar perdas, uma vez que há previsão para volta das chuvas nas regiões produtoras.

Apesar da indefinição quanto aos efeitos do clima na produção, a falta de umidade já contribuiu para elevar os preços da soja no na bolsa de Chicago. Em três dos últimos quatro dias, as cotações fecharam em alta. Os fundos se apoiam na falta de chuvas no Brasil e no excesso delas nos Estados Unidos para justificar novas compras.

Fonte: Valor Econômico.

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