
Conhecido pelo otimismo em relação às commodities, o Goldman Sachs não se abalou com a queda recente dos preços e espera taxas de retorno ao redor de 17 por cento nos próximos meses. O banco entende que a situação atual é insustentável e que a reunião do G-20 nesta semana em Buenos Aires pode marcar a virada.
“Dado o tamanho dos deslocamentos nos preços das commodities em relação aos fundamentos – o petróleo agora se juntou aos metais com preço abaixo do suporte do custo –, acreditamos que as commodities oferecem ponto de entrada extremamente atraente para posições compradas em petróleo, ouro e metais de base”, afirmou uma equipe de analistas do banco que inclui Jeffrey Currie. O relatório da equipe listou as 10 ideias de operações mais promissoras em 2019. Uma delas seria a recuperação da cotação do barril do tipo Brent à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduz a oferta.
Os preços das matérias-primas foram massacrados em novembro por diversos fatores: a perspectiva de excesso de oferta derrubou o petróleo, a preocupação com a desaceleração do crescimento econômico empurrou para baixo os preços dos metais e os investidores temem a guerra comercial entre EUA e China. Nesta semana, líderes dos países integrantes do G-20 se encontram na Argentina, dando aos presidentes Donald Trump e Xi Jinping a oportunidade de tratar do conflito, enquanto o russo Vladimir Putin poderá conversar sobre petróleo com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
“Muitas das incertezas políticas que pesam sobre os mercados de commodities têm chance significativas de serem tratadas em Buenos Aires”, afirmou o Goldman. “Isso inclui alguma melhora no relacionamento entre China e EUA e, assim como nos encontros do G-20 em 2016, maior clareza sobre um potencial corte de oferta pela Opep.”
Estas são algumas das ideias listadas pelo relatório do Goldman para o ano que vem:
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