Grãos: Mercado espera pelo USDA e opera estável em Chicago

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O mercado internacional de grãos ainda tenta se manter próximo da estabilidade e, no pregão eletrônico desta quarta-feira (8), opera com oscilações pouco expressivas. Por volta das 8h20 (horário de Brasília), a soja registrava um ligeiro recuo, o milho operava em campo misto e o trigo com pequenos ganhos.

Os investidores seguem apreensivos com a espera pelos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira (10) em dois relatórios, um dos estoques trimestrais dos EUA e o outro mensal de oferta e demanda.

Ao mesmo tempo, o mercado, da soja principalmente, acompanha de perto o desenvolvimento do clima na América do Sul e o impacto que vêm causando nas lavouras, seja positivo ou negativo. Paralelamente, observa ainda a continuidade da força da demanda mundial pela oleaginosa.

Assim, com notícias tanto positivas quanto negativas para os negócios, o mercado segue buscando definir uma direção e, até que isso aconteça, dá continuidade a um movimento mais lateralizado, como explicaram os analistas, esperando definições de ambos os lados.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira (7):

Com safra da América do Sul e demanda aquecida, soja fecha sem direção

Nesta terça-feira (7), a sessão regular foi marcada por intensa volatilidade na Bolsa de Chicago. Enquanto os fundamentos atuais de oferta e demanda continuam dando sustentação aos preços no mercado internacional, as expectativas de uma safra recorde da América do Sul pesam sobre os negócios.

Essas duas frentes atuando sobre os preços fazem com que o mercado inicie o ano de 2014 sem uma tendência definida, buscando uma direção. Esse quadro se acentua com a espera pelos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que serão divulgados nesta sexta-feira (10).

Demanda – Do lado da demanda, a China, principal importador mundial, continua comprando em um ritmo bastante agressivo e não dá sinais de que pode reduzir expressivamente sua procura. Nesta terça, o USDA anunciou a venda de 350 mil toneladas para a nação asiática com entrega na atual temporada.

“A China continua comprando de forma agressiva, de um lado pela necessidade de atender sua demanda interna, mas também porque o escoamento dessa safra brasileira recorde ser uma incógnita para eles”, explicou Steve Cachia, analista de mercado da Cerealpar.

Além disso, ainda de acordo com Cachia, com o passar dos dias e as vendas dos EUA mantendo seu ritmo acelerado, o país deverá se ver obrigado a racionar o produto, o que terá de ser feito, portanto, através de preços mais altos. “Hoje, o mercado da soja é o mais forte e firme entre as commodities agrícolas”, diz o analista.

Outro fator que contribui para esse bom momento da demanda é o frio intenso nos Estados Unidos. As temperaturas negativas estão castigando os animais e a procura, nesse momento, é maior por milho e farelo de soja, componentes básicos da ração.

Temos a demanda firme, não só da China, mas também no mercado de ração, em função do frio intenso que está atingindo o Meio-Oeste americano… O mercado de farelo de soja e de milho estão com maior demanda, já que o setor de pecuária está consumindo um volume maior de ração, para manter o gado”, diz o analista da Cerealpar.

Oferta – Do lado da oferta, nos Estados Unidos, a situação ainda é de escassez. Os estoques norte-americanos se encontram em níveis críticos e, como explicou o consultor de mercado Ênio Fernandes, mesmo que sejam revisados para cima pelo departamento norte-americano, não serão capazes de se recompor de forma a atender a demanda com tranquilidade.

Por outro lado, as expectativas para a América do Sul são de uma safra recorde. Em linhas gerais, a produção se desenvolve bem, com problemas climáticos pontuais. No Brasil, por exemplo, faltam chuvas em Goiás e Mato Grosso, e as precipitações são recentes no Rio Grande do Sul e Paraná. Na Argentina, algumas províncias como Santa Fe e Entre Rios também sofreram com a estiagem.

No entanto, como explicou Glauco Monte, analista de mercado da FCStone, o mercado internacional acompanha com bastante atenção o desenvolvimento dessa safra e, pode, mesmo que pontualmente, sentir uma pressão sazonal nos preços. Ainda assim, reitera a força da demanda e o importante fator de suporte como se configura para as cotações nesse momento.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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