Investidores ajustam posições antes do USDA e soja opera com volatilidade em Chicago

Durante as negociações desta segunda-feira (9), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) mantém o tom positivo. Por volta das 12h26 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam ganhos entre 2,25 e 3,75 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,75 por bushel, depois de ter iniciado o dia a US$ 8,74 por bushel.

Segundo informações de sites internacionais, os investidores seguem realizando ajustes em suas posições frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será reportado nesta terça-feira (10) e irá trazer os números da safra americana e também da produção e estoques mundiais.

De acordo com pesquisa realizada pela Bloomberg com os participantes do mercado, a perspectiva é que o rendimento médio das lavouras de soja fique próximo de 53,87 sacas por hectare. Já a consultoria americana Lanworth indicou o rendimento das plantações em 47,3 sacas por hectare. Em seu último boletim, o USDA projetou o rendimento da soja em 53,52 sacas por hectare.

Já a safra poderá ficar acima do estimado pelo departamento americano em outubro, de 105,81 milhões de toneladas, e somar 106,52 milhões de toneladas, conforme dados da Bloomberg. Ainda segundo pesquisa da agência, as exportações do grão deverão permanecer inalteradas, em 45,59 milhões de toneladas.

Em relação aos estoques finais americanos, as estimativas dos participantes do mercado giram em torno de 11,87 milhões de toneladas, contra as 11,57 milhões de toneladas indicadas pelo departamento em seu último boletim. Já os estoques mundiais da oleaginosa deverão totalizar 85,32 milhões de toneladas, conforme projeções do mercado. O número estimado está ligeiramente acima do projetado em outubro pelo USDA, de 85,14 milhões de toneladas de soja.

Enquanto isso, os investidores ainda acompanham as informações sobre o plantio da soja no Brasil. Apesar das chuvas mais regulares na semana anterior, muitas áreas ainda enfrentam dificuldades. Em Darcinópolis (TO), a semeadura já registra atraso de 12 dias e muitos produtores nem conseguiram iniciar o trabalho no campo devido à ausência de precipitações, segundo ressalta o produtor da região, Marcílio Marangoni.

Além disso, o mercado também aguarda o relatório de embarques semanais do USDA. Na semana encerrada no dia 29 de outubro, os EUA embarcaram cerca de 2.560,567 milhões de toneladas do grão. Ainda hoje, o departamento anunciou a venda de 126 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos.

No final da tarde de hoje, o órgão ainda divulga o relatório de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, pouco mais de 92% da área semeada com o grão havia sido colhida. Para essa semana, a projeção é que o número chegue a 95%, de acordo com estimativas da Farm Futures.

Mercado interno

Enquanto isso, no Porto de Rio Grande, os preços da soja sobem nesta segunda-feira (9). A saca do grão disponível era cotada a R$ 82,50, com ganho de 0,61%, já a soja para entrega futura era negociada a R$ 78,50, com alta de 0,64%. Os preços encontram suporte, principalmente na valorização cambial observada nesse início de semana.

Por sua vez, a moeda norte-americana avança e, por volta das 11h54 (horário de Brasília) era cotada a R$ 3,7914, com alta de 0,77%. Segundo informou o site G1, o câmbio exibe um movimento de correção técnica frente às perdas registradas no dia anterior e em meio às expectativas de aumento na taxa de juros nos EUA no mês de dezembro.