Milho: Em Paranaguá, preço sobe 2,94% e chega a R$ 35,00 a saca com suporte do câmbio

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A forte alta do dólar movimentou os preços do milho no Porto de Paranaguá nesta terça-feira (22). A saca do cereal para entrega em outubro/15 subiu 2,94% e chegou a R$ 35,00. Já o câmbio opera acima do patamar dos R$ 4,00.

Por volta das 12h20 (horário de Brasília), o dólar era cotado a R$ 4,057 na venda, com valorização de 1,91%. De acordo com informações do site G1, a moeda norte-americana é impulsionada pelas preocupações do mercado em meio às votações no Congresso brasileiro e na perspectiva de aumento na taxa de juros nos EUA, o que pode acontecer ainda esse ano.

O câmbio valorizado frente ao real também tem servido de suporte às cotações do milho no mercado interno. E a tendência, segundo os analistas, é de preços ainda sustentados, uma vez que no final do ano a demanda, especialmente vinda do setor de rações ganha ritmo.

Enquanto isso, as exportações brasileiras totalizaram 1.661,5 milhão de toneladas até a terceira semana de setembro. A média diária ficou em 127,8 mil toneladas do grão, conforme dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta segunda-feira.

Bolsa de Chicago

Durante a sessão desta terça-feira (22), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h44 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 3,75 e 4,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,80 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,82 por bushel.

Segundo dados do noticiário internacional, o mercado é pressionado pela evolução da colheita do milho nos Estados Unidos. No final desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 10% da área plantada nesta safra já havia sido colhida até o último domingo (20). Na semana anterior, o índice era de 5%.

O percentual está abaixo das apostas dos participantes do mercado, que estavam entre 11% e 14%. Porém, o número ficou acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 7%. Ainda assim, os analistas ressaltam que, os relatos vindos dos campos indicam uma produtividade bastante irregular e abaixo da projeção oficial, de 177,27 sacas por hectare.

“E as previsões climáticas em longo prazo indicam clima bom para o andamento da colheita”, disse Bob Burgdorfer, analista e editor do site Farm Futures.

Pelo menos no período de 27 de setembro a 01 de outubro, boa parte do Meio-Oeste do país deverá registrar chuvas entre 40% até 50% abaixo da normalidade. No mesmo período, as temperaturas deverão subir e ficar 70% e 90% acima da média, de acordo com informações do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país.