Milho: Mercado inicia a semana com ligeiras altas, próximo da estabilidade em Chicago

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As cotações futuras do milho iniciaram a semana com ligeiras altas, próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 8h04 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,90 por bushel, depois de encerrar o pregão anterior a US$ 3,89 por bushel.

O mercado tenta dar continuação às valorizações recentes. Na sexta-feira, as cotações fecharam a sessão com altas entre 7,25 e 7,50 pontos. Já no balanço semanal, os ganhos ficaram entre 2,74% e 3,11%. Nesse instante, os investidores estão focados no andamento da colheita do milho nos EUA. Até a semana passada, pouco mais de 10% da área havia sido colhida, conforme dados oficiais.

No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza os números sobre os trabalhos nos campos. Além disso, o órgão também reporta nesta segunda-feira o boletim de embarques semanais, importante indicador da demanda.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: No Brasil, sobem até 25% na semana com suporte do câmbio; em Santos, valor chega a R$ 38,00/sc

Em meio à forte oscilação do câmbio, a semana foi extremamente positiva aos preços do milho no mercado interno brasileiro. De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a praça de Luís Eduardo Magalhães (BA) foi a que registrou maior valorização, uma vez que os preços subiram 25% e saca do cereal encerrou a sexta-feira (25) cotada a R$ 30,00. As cotações também subiram na região de São Gabriel do Oeste (MS), ao redor de 17,50%, com a saca negociada a R$ 23,50.

Em Ubiratã e Londrina, ambas praças do Paraná, a valorização semanal foi de 12,61% e saca fechou o dia a R$ 25,00. O valor é o mesmo para Cascavel, também no estado paranaense, mas o ganho foi de 11,11%. Em Jataí (GO), a alta foi de 8,70%, com a saca a R$ 25,00. Em Não-me-toque (RS), a saca do cereal finalizou a semana a R$ 26,50, com ganho de 8,16%. Nas regiões de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, em Mato Grosso, a saca fechou a semana a R$ 18,50 e alta de 5,71%.

As cotações também subiram nos portos do país ao longo dessa semana. Em Santos, a valorização foi de 8,57%, com a saca a R$ 38,00. Enquanto isso, no terminal de Paranaguá, a alta foi de 1,52% e a saca para entrega em outubro/15 cotada a R$ 33,50. Durante a semana, as cotações chegaram aos R$ 39,00 para entrega novembro/15 no porto do Paraná.

Enquanto isso, o dólar finalizou a sessão de hoje negociado a R$ 3,9757 na venda, com queda de 0,39%. De acordo com dados da agência Reuters, a atuação do Banco Central acabou interrompendo uma onda de pânico que assolou o mercado. Na semana, a moeda norte-americana subiu 0,44%, depois de ter alcançado máximas históricas nos últimos dias.

Apesar da alta nos preços, os analistas explicam que os negócios foram realizados de maneira bastante pontual. Isso porque, diante da recente valorização do dólar tanto os compradores como os vendedores ficaram mais cautelosos nos negócios. Para a safrinha de 2015, a perspectiva é que pelo menos 60% da produção já tenha sido comprometida.

Além disso, os produtores também realizaram alguns negócios para a safrinha de 2016. Segundo dados do Cepea, com a alta da moeda norte-americana os produtores brasileiros anteciparam o fechamento de contratos a termo principalmente para exportação, tanto da safra atual quanto da safrinha do próximo ano. E as cotações acumulam elevação expressiva desde agosto. Referente à região de Campinas (SP), o Indicador Esalq subiu 15,8% em setembro, a R$ 32,62/saca de 60 kg no dia 24.

Paralelamente, o câmbio fortalecido tem contribuído para a competitividade do produto brasileiro no cenário internacional. “Com isso, podemos chegar ao final de 2015 com os embarques próximos das 27 milhões de toneladas de milho”, disse Anderson Galvão, analista de mercado da Céleres Consultoria. Até a terceira semana de setembro, as exportações somaram 1.661,5 milhão de toneladas, com média diária de 127,8 mil toneladas.

No acumulado de 2015, as exportações brasileiras de milho ultrapassam os 8,87 milhões de toneladas, conforme dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). E a expectativa é que os embarques do cereal ganhem ritmo a partir de outubro, o que deve durar até o final do ano.

Bolsa de Chicago

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta sexta-feira (25) com altas expressivas. As principais posições do cereal ampliaram os ganhos ao longo da sessão e finalizaram o dia com ganhos entre 7,25 e 7,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,89 por bushel, contra os US$ 3,83 por bushel registrado no começo do dia.

Na análise semanal, os ganhos ficaram entre 2,74% e 3,11% nas principais posições da commodity. Segundo o analista e editor da Farm Futures, Bob Burgdorfer, as cotações do milho foram impulsionadas nesta sexta-feira pelas valorizações registradas nos contratos da soja. As cotações futuras da oleaginosa subiram mais de 20 pontos hoje, impulsionadas pelas informações vindas do lado da demanda.

“Ainda assim, o milho ainda enfrenta ventos contrários com a colheita avançando e previsões climáticas que mostram o tempo claro na próxima semana, o que deve contribuir com o avanço nos trabalhos nos campos”, explica Burgdorfer.

Para os próximos 6 a 10 dias e de 8 a 14 dias, as chuvas deverão permanecer abaixo da normalidade, segundo informações do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país. Já as temperaturas deverão ficar acima da média para grande parte do no país, especialmente no intervalo dos próximos 6 a 10 dias.

Já a colheita foi concluída em 10% da área cultivada nesta temporada até o início dessa semana, conforme reportou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Porém, ainda pairam no mercado as incertezas sobre a produtividade das lavouras americanas que, segundo as especulações, podem ficar abaixo o projetado oficialmente, de 177,27 sacas por hectare.

“Apesar do progresso da colheita, os produtores rurais têm sido negociado o milho da safra nova lentamente devido aos preços mais baixos registrados esse ano”, explica Burgdorfer. O consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, ressalta que apenas 26% da produção dos EUA foi comercializada até o momento.

“Os produtores norte-americanos estão retraídos nas vendas do grão, pois ainda há incertezas no mercado em relação à safra no país. E estamos próximos do final do ano e, em dezembro já temos as primeiras definições sobre a área que será cultivada com o milho a soja nos EUA na próxima temporada”, explica Fernandes.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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