Milho Safrinha 2019: Estimativas do mercado e condições climáticas

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Milho safrinha 2019: A produtividade tende a aumentar, mas há receio quanto ao clima. Veja aqui todos os detalhes do mercado de milho safrinha deste ano.

Nas últimas semanas você deve ter percebido que as atividades de semeio de milho segunda safra já começaram.

No Paraná, até o dia 30 de janeiro, 30% da área destinada à cultura – estimada em 2,2 milhões de hectares – havia sido cultivada, segundo o Deral.

Em Mato Grosso, de acordo com o Imeaa semeadura corresponde a 15,3%, de um total de 4,7 milhões de hectares estimados para o milho safrinha 2019 neste estado.

Veja mais sobre o mercado de milho safrinha 2019 a seguir:

Ganho em produtividade deve aumentar a oferta do grão no mercado

Em 2018 tivemos uma forte queda na produção de milho. Em contraste, neste ano a expectativa é de aumento da produção, impulsionada pela safrinha, já que ela hoje representa 70% do total da área plantada com o grão no Brasil (IBGE).

milho safrinha 2019

(Fonte:  Conab em Van Trump Report)

Com isso, os estoques do cereal devem se manter elevados, mesmo com a estimativa de maior consumo (dentro e fora do Brasil), o que pode baixar os preços do grão.

Os ganhos de produtividade, porém, vão continuar dependendo fortemente das condições do clima, das quais falaremos mais adiante.

Além disso, o cultivo da safrinha 2019 deve ser favorecido pelo seu plantio dentro do período considerado ideal. Isso está ocorrendo devido aos maiores preços do grão nos últimos meses e, principalmente, pela antecipação que houve do plantio de soja.

Em vista disso, e da crescente tecnificação no campo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção de milho safrinha 2019 em 63,73 milhões de toneladas, um aumento de 18% em relação à safra anterior.

Embora a área plantada não tenha sido aumentada (11,5 milhões de hectares), a Conab trabalha com uma produtividade elevada, de 5.518 Kg por hectare (92 sacas/ha)16,9%superior na safrinha 2018.

Caso esses números se confirmem, a produção total de milho (safrinha + safra verão) pode atingir 91,19 milhões de toneladas, 12,9% superior à da temporada passada, de 80,78 milhões de toneladas.

Em Mato Grosso, um dos principais estados produtores de milho safrinha, o Imea estima a safra 2018/19 em 28,5 milhões de tonelada, incremento de 3,43% em relação à safra anterior.

Condições climáticas esperadas para o milho safrinha 2019

Apesar da expectativa de produtividade elevada no campo, não há como negar a preocupação quanto às condições climáticas.

NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) indica 70% de probabilidade de ocorrer o fenômeno no território brasileiro ao longo do primeiro trimestre.

Assim, chuvas menos freqüentes no Centro-Oeste podem prejudicar o milho safrinha.

milho safrinha 2019

(Fonte: Universidade Federal de Alagoas)

Em 2018, a estiagem de abril a maio em partes do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo afetou o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha.

Com isso, houve redução da produção nacional em quase 20% frente à da temporada anterior (53,97 milhões de toneladas).

Você pode ver alguns cuidados que deve ter com a cultura em caso de seca ou excesso de chuvas neste artigo.

Mercado do milho safrinha 2019: Oferta e demanda estimadas

Favorecido pela recuperação do setor de proteína animal, o consumo interno de milho é estimado em 62,5 milhões de toneladas na safra 2018/19, elevação de 4,4% em relação à safra anterior.

As exportações brasileiras de milho também devem voltar a crescer em 2019.

Por enquanto, a Conab estima que 31 milhões de toneladas sejam destinadas ao mercado externo entre fev/19 e jan/20. No mesmo período do ano passado, foram  20,89 milhões de toneladas exportadas, conforme números da Secex.

O Brasil é o quarto maior exportador do grão, atrás da Argentina, Ucrânia e EUA.

Mesmo com maior consumo (interno e externo) previsto, a recuperação na oferta de milho projetada para 2019 deve elevar os estoques no mercado brasileiro.

Assim, disponibilidade interna para a próxima temporada (soma entre estoques iniciais, importação e produção), pode superar 107 milhões de toneladas, historicamente a maior no mercado brasileiro, segundo cálculos do Cepea da Esalq/USP.

Impacto para os compradores e vendedores do milho safrinha 

É esperado um quadro positivo aos compradores (preços mais baratos de compra da saca).

Esses preços mais baixos são devidos ao excedente interno, diferença entre a disponibilidade interna e o consumo, projetado para 44,8 milhões de toneladas, 15% superior à temporada passada.

Assim, para o produtor rural a situação é inversa, já que a estimativa é que se receba menos pela saca do milho.

Existem algumas estratégias para conseguir melhores rentabilidades, como contratos futuros, armazenamento de grãos, ou mesmo tentar abaixar o custo produtivo.

É importante lembrar que na safra anterior, em 2018, a menor oferta sustentou os preços domésticos na maior parte do ano, conforme o Cepea.

A média do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), superou em 30% a do mesmo período de 2017, em termos nominais. Tais maiores patamares de preços contribuíram, inclusive, para a comercialização antecipada da safrinha de 2019.

Fonte: Lavoura 10

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