Soja: Nova disparada do dólar puxa preços no Brasil nesta 5ª; Chicago mantém estabilidade

Os preços da soja seguem trabalhando bem próximos da estabilidade no pregão desta quinta-feira (30) na Bolsa de Chicago, mas passa para o lado negativo da tabela. Assim, perto de 13h30 (horário de Brasília), os futuros da commodity recuavam entre 4,50 e 5,75 pontos, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,31 por bushel.

O mercado caminha de forma técnica neste pregão, ainda pressionado por seus fatores fundamentais, mas também com os traders se ajustando antes do início de um novo mês.

“O mercado de grãos está pronto e se ajustando para começar um novo mês”, explicam analistas internacionais, justificando as cotações próximas da estabilidade, se movimentando de forma técnica.

Os traders esperam por novas informações que possam vir a direcionar o andamento dos negócios e, enquanto isso, ainda sentem a pressão da proximidade da colheita nos EUA e das estimativas de uma grande safra se concluindo no país.

“A expectativa é que as exportações semanais americanas possam vir melhor que o esperado e dar uma sustentaçao ao mercado. A tendência para o resto da semana também depende da atuação dos fundos neste final de mes. Houve liquidações em dias anteriores é existe possibilidade de agora vermos um maior interesse de compra liderado pelas posições no trigo”, explica Steve Cachia, diretor da Cerealpar.

Ao mesmo tempo, no Brasil, o dólar registra uma nova disparada e depois de alcançar mais de 2% de alta e bater em R$ 4,20, voltou à casa dos R$ 4,15 e segue favorecendo a formação dos preços no mercado nacional.

De acordo com informações da DeBaco Corretora de Mercadorias, a soja disponível chegou a marcar R$ 92,50 posto Rio Grande, com pagamento início de setembro. Para o pagamento início de outubro a referência passa a R$ 93,50 e final do mesmo mês, R$ 94,00 por saca.

A moeda americana em alta forte, como vem acontecendo nos últimos dias, acaba sendo um fator limitante, inclusive, para as cotações da soja no mercado em Chicago. Mais alto, o dólar acaba tornando a soja brasileira ainda mais competitiva para os importadores.

Especialistas mostram que o principal combustível para a divisa são as pesquisas eleitorais que ainda mostram o ex-presidente Lula liderando as intenções de voto, mesmo estando preso e inelegível, ainda recorrendo para viabilizar sua candidatura.