O clima excessivamente chuvoso mantendo o ritmo lento do plantio dos grãos nos EUA volta ao centro do mercado internacional e as cotações da soja sobem mais de 10 pontos na tarde desta quarta-feira (22) na Bolsa de Chicago. O julho volta a operar acima dos US$ 8,30, enquanto o agosto tem US$ 8,39 por bushel.
As previsões para os próximos sete dias mostram ainda muitas chuvas chegando ao Corn Belt. “A previsão é de acumulados muito altos na região Central e nas Planícies do Sul até o Oeste e Centro do Meio-Oeste americano. Bastante desfavorável para o plantio 2019”, diz Bryce Anderson, meteorologista sênior do portal DTN The Progressive Farmer.
Veja o mapa do portal internacional no período de 22 a 29 de maio:
Os EUA tem apenas 19% da área de soja plantada, contra a média de 47% dos últimos cinco anos. Estados como Illinois têm apenas 9% da semeadura concluída, ou 27% em Iowa. As médias são de, respectivamentem 55% e 51%.
Dividido entre as questões da guerra comercial e do clima no Corn Belt, o mercado se atenta agora também à real área plantada da safra 2019/20 e também à questões políticas norte-americanas.
Ontem, notícias de que o programa de ajuda do governo Trump aos produtores que estão sendo impactados pela guerra comercial e que poderia pagar até US$ 2,00 por bushel de soja de subsídio movimentou o mercado e provocou muita especulação. As informações, porém, ainda são divergentes.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) se posicionou e disse que essas informações chegaram mais a frente.
Paralelamente, nesta quarta, a China afirmou que está pronta para novas conversas comerciais com os Estados Unidos. A declaração foi do embaixador da China nos Estados Unidos, Cui Tiankai.
Apesar disso, o presidente chinês Xi Jinping orientou que “tempos difíceis” vêm pela frente.