Soja volta a registrar boas altas em Chicago nesta 3ª feira

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Com as especulações de que as lavouras de soja não tenham sido beneficiadas pelas últimas chuvas que chegaram ao Meio-Oeste dos EUA, os futuros da oleaginosa voltaram a subir em Chicago, após quatro sessões consecutivas de queda. Os principais vencimentos, por volta das 7h50 (horário de Brasília), subiam mais de 12 pontos.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo relatório de acompanhamento de safra e o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições foi mantido em 50%, mesmo número da semana anterior. Além disso, apontou que 3% da área da oleaginosa já foi colhida, número bem aquém do registrado pela média nesse período.

Além disso, as previsões para essa semana é de que o Corn Belt volte a registrar dias de tempo quente e seco o que, no entanto, poderia favorecer os trabalhos de colheita.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira (23):

Em Chicago, soja fecha em queda com colheita se aproximando nos EUA

A soja fechou a segunda-feira (23) em baixa na Bolsa de Chicago. O mercado operou sem movimentações muito expressivas durante toda a sessão e terminaram os negócios do dia com baixas entre 5 e 7 pontos nos principais vencimentos. Já milho e trigo encerraram o pregão com ligeiras altas.

O mercado da soja, segundo analistas, sente a pressão sazonal da proximidade da colheita da nova safra dos Estados Unidos. Em algumas regiões, o trabalho de campo já começou e os indicativos de produtividade têm ficado acima dos números que vinham sendo esperados depois da seca que castigou as lavouras do país.

No entanto, ainda há muita indefinição sobre os resultados finais da temporada 2013/14 dos Estados Unidos. O plantio foi significativamente atrasado por conta de condições climáticas adversas, principalmente pelo excesso de chuvas. Em seguida, uma falta de chuvas que durou mais de um mês chegou ao Corn Belt, principal região produtora do país na fase de enchimento de grãos. A estiagem fez com que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduzisse suas estimativas para a safra nova de soja dos Estados Unidos, uma vez que a produtividade ficou bastante comprometida.

No entanto, há algumas semanas os campos do Meio-Oeste americano recebeu boas chuvas e, para alguns analistas, principalmente nas lavouras mais tardias, essas perdas no rendimento poderiam ser revertidas ou ao menos limitadas. Para outros, as precipitações vieram em um momento em que já não seriam mais capazes de reverter o quadro de danos.

Essa discussão acerca dessas chuvas e do seus efeitos reais é um dos fatores que, há algumas sessões, vem tirando o direcionamento do mercado. “Estamos em uma fase final de definição da safra americana, ainda não se pode dizer se será de 81 ou 90 milhões de toneladas, há uma variação muito grande, ainda mais depois das últimas chuvas que chegaram ao Meio-Oeste dos Estados Unidos”, disse Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Para Glauco Monte, analista de mercado da FCStone, o novo relatório de oferta e demanda que o USDA traz em outubro não deverá trazer números muito diferentes dos que foram reportados agora em setembro. “Por menor que seja essa safra, no momento em que ela entre no mercado ela pesa sobre o mercado e influencia os preços”, explica.

No entanto, essa oferta, principalmente os estoques finais norte-americanos, novamente será insuficiente para atender a demanda de forma confortável, quadro que deverá ser bastante positivo para os preços. “Eu acho que essa pressão é pontual e tem se dado somente por conta da entrada da colheita, porque já não se tem uma oferta muito grande”, diz Monte.

A demanda mundial por soja segue bastante aquecida e com sinais de que continuará crescendo. Segundo Brandalizze, há uma procura muito forte por farelo de soja para a produção de ração, haja vista que a demanda mundial, principalmente por parte de países emergentes, por carnes também têm crescido expressivamente.

Além disso, nessa temporada, as exportações norte-americanas de soja vêm acontecendo em um ritmo bastante acelerado e já mais rápido do que o registrado no ano passado. Das 37 milhões de toneladas destinadas à exportação, cerca de 21 milhões já foram comercializadas. O cenário, portanto, acaba sendo um fator positivo para as cotações.

Safra da América do Sul – O início da nova safra da América do Sul também começa a chamar a atenção do mercado ao passo em que o cenário vai se definindo nos Estados Unidos. Analistas já estimam um aumento de área para a oleaginosa no Brasil em cerca de 5 a 8% em relação ao ano passado e aqui o clima tem sido favorável ao início da semeadura do ciclo 2013/14.

Milho e Trigo – Na contramão da soja, os futuros do milho e do trigo fecharam o dia em alta. No mercado do milho, os preços passaram por uma correção técnica após intensas baixas nas últimas semanas e também acompanhou o movimento positivo do mercado vizinho. As cotações do trigo vêm encontrando sustentação na firme demanda mundial pelo cereal.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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