Soja volta a subir em Chicago, mas incerteza sobre clima nos EUA mantém mercado volátil

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Os preços da soja voltaram a subir na sessão desta quinta-feira (23) na Bolsa de Chicago. Entre os principais vencimentos, os ganhos variavam entre 5 e 7 pontos, por volta das 8h10 (horário de Brasília), e o mercado buscava recuperar e manter o patamar dos US$ 10,00 por bushel.

Segundo analistas, essa volatilidade observada nos últimos pregões deve continuar ainda até que as previsões sobre o clima nos Estados Unidos – as quais se mostram muito divergentes – tragam dados mais próximos uns dos outros e apontem para novidades mais consistentes dos impactos do atual cenário climático sobre o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de vendas para exportação e os números podem influenciar o mercado, mesmo que pontualmente. Nesta semana, o dpertamento já trouxe dois novos anúncios de venda da oleaginosa e ajudaram na recuperação do fôlego para as cotações.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja fecha o dia no vermelho na CBOT, mas dólar e prêmios puxam preços no Brasil

Em uma combinação de dólar mais alto e prêmios também mais valorizados nos portos brasileiros, os preços da soja registraram um novo dia de altas no mercado interno. No terminal de Rio Grande, os valores bateram nos melhores momentos da temporada com ganhode 2,38% para a soja disponível – que fechou com R$ 77,30 – e de 1,84% para a futura, que terminou o dia com R$ 77,40 por saca. Já em Paranaguá, mantidos os R$ 74,00 para o produto com entrega prevista para julho e R$ 74,60 para a soja da safra nova. Ao longo do dia, porém, a oleaginosa para setembro, no porto paranaense, bateu em R$ 76,00/saca.

Dólar registra maior alta em dois meses

A moeda norte-americana fechou, nesta quarta-feira (22), subiu 1,65% – a maior alta desde 26 de maio – e encerrou os negócios valendo R$ 3,2257 na venda. O foco dos investidores se voltou para a agenda política e econômica doméstica, com preocupações sobre, principalmente, o corte na meta fiscal por parte do governo federal e as explicações da presidente Dilma Rousseff ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre suas contas públicas de 2014 e as ‘pedalas fiscais’.

Paralelamente, atenções sobre o parlamento grego – que continua o debate para o projeto de lei que orienta o segundo pacote de reformas no país que foi colocado por seus credores antes de as negociações para um terceiro resgate serem consolidadas – além das perspectivas, segundo analistas, cada vez maiores do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, segundo explicaram analistas.

“Novos rallies para o dólar podem acontecer nas próximas semanas, isso é imprevisível, mas esperado. Infelizmente, não vejo uma recuperação tão cedo. Problemas políticos e econômicos devem travar o país por mais de dois anos”, acredita o consultor de mercado da MGS Rural, Márcio Genciano.

Prêmios sobem mais de 6%

Ao mesmo tempo, os prêmios para a soja no porto de Paranaguá fecharam o dia com altas superiores a 6% nesta quarta-feira. As posições julho/15 e agosto/15 registraram um ganho de 6,94% para subir a 77 cents de dólar sobre os preços praticados na Bolsa de Chicago – os quais fecharam em campo negativo neste pregão – e o setembro/15 chega a US$ 1,00 e ganho diário de 8,7%.

Negócios no mercado interno

No Brasil, os negócios nesta semana se mostram acontecendo em um ritmo mais lento em relação às semanas anteriores, uma vez que as cotações em Chicago apresentam uma acentuada volatilidade e em muitas regiões os sojicultores ainda aguardam por melhores oportunidades e acreditam em preços melhores. “Há varios perfis de produtores brasileiros nesse momento”, diz Ênio Fernandes, consultor em agronegócio, e por isso a comercialização da safra nova, como tradicionalmente acontece, não mostra uma regularidade.

“Os produtores, quanto mais ao Sul do Brasil, devido à logística, têm uma competitividade maior e podem ser mais audaciosos em buscar mais. No Centro-Oeste, quanto mais ao norte, mais cauteloso está sendo o produtor por gestar essa margem de lucro. Há produtores que estão extremamente bem vendidos e há produtores que ainda não venderam nada para a próxima safra”, explica Fernandes.

Bolsa de Chicago

Na sessão desta quarta-feira na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam em campo negativo diante de previsões indicando uma melhora do clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos, principal região produtora de grãos do país. Completando o quadro de pressão sobre as cotações foi registrada ainda a alta do dólar sobre uma cesta de principais moedas, segundo explicou o analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.

“A última previsão, entre os dias 27 a 31 de julho, indica chuvas abaixo do normal para Ohio. Contudo, a previsão mantém a precipitação acima do normal para Iowa. E temos temperaturas acima do normal para o mesmo período”, diz Burgdorfer. Ainda assim, apesar das especulações em relação ao clima, o USDA (Departamento Agricultura dos Estados Unidos) manteve em 62% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições em seu último boletim semanal de acompanhamento de safras reportado na segunda-feira (20).

Em contrapartida, informações ainda positivas sobre a forte demanda mundial pela soja seguem como suporte para as cotações em meio a essa volatilidade trazida pelo mercado climático, ainda de acordo com o analista do site Farm Futures. Há dois dias são reportadas, também pelo USDA, notícias sobre novas vendas de soja, o relatório dos embarques semanais superou as expectativas dos traders e prêmios positivos nos canais de exportação da oleaginosa americana.

“Processadores e carregadores têm aumentado os prêmios para garantir o pouco que ainda resta da safra velha de soja nos EUA ainda na mão dos produtores”, relata Bob Burgdorfer.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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