Trump dobra a aposta e ameaça taxar China em US$ 400 bi. Mercado desaba

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira impor uma tarifa de 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, aumentando a disputa na guerra comercial com Pequim.

Trump disse em comunicado que pediu ao representante comercial dos EUA para identificar produtos chineses a serem alvos das novas tarifas. Ele afirmou que a medida seria uma retaliação à decisão da China de aumentar tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.

“Depois que o processo legal estiver completo, essas tarifas entrarão em vigor se a China se recusar a mudar suas práticas, e também se insistir em avançar com as novas tarifas que anunciou recentemente”, disse Trump.

Em nova ameaça à China, Trump diz que total a ser tarifado pode chegar a US$ 400 bi (no ESTADÃO)

Após a China anunciar que irá retaliar os Estados Unidos com imposição de sobretaxas sobre os produtos importados agrícolas, o presidente Donald Trump subiu o tom de sua política comercial com os asiáticos. Na noite desta segunda-feira, 18, ele decidiu aumentar a aposta ao pedir que o representante comercial do país, Robert Lighthizer, identifique US$ 200 bilhões em produtos da China para tarifas adicionais de 10%.  Mais tarde, Trump afirmou que, se houver nova retaliação por parte de Pequim, “adotaremos tarifas adicionais sobre outros US$ 200 bilhões em bens”. O total, portanto, poderia chegar a US$ 400 bilhões.

“Estas tarifas entrarão em vigor se a China se recusar a mudar suas práticas mais uma vez”, disse o republicano, afirmando que as relações comerciais entre Washington e Pequim devem ser mais “equitativas”.

Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões contra produtos chineses alegando “roubo de propriedade intelectual”. De acordo com o governo Trump, essas barreiras foram impostas “para encorajar a China a mudar práticas injustas quanto à tecnologia e inovação. E também servem como um passo inicial para trazer equilíbrio ao nosso relacionamento comercial com a China”. Poucas horas após o anúncio, a China anunciou que retaliaria as ações dos EUA no mesmo nível.

Donald Trump

O presidente Donald Trump triplica a aposta e agora anuncia tarifas adicinais de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos importados da China Foto: Tom Brenner/The New York Times

+ Retaliação chinesa aos Estados Unidos inclui o petróleo

Em comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, Trump afirmou que o movimento adotado pelo governo chinês “indica claramente sua determinação em manter os EUA em permanente e injusta desvantagem, o que se reflete em nosso enorme desequilíbrio comercial de US$ 376 bilhões em mercadorias”. No documento, o republicano se refere à ação chinesa como “inaceitável” e diz que as tarifas impostas por Washington têm como finalidade incentivar a China a mudar práticas comerciais desleais, abrir o mercado aos produtos americanos e aceitar uma relação comercial mais equilibrada com os EUA.

Trump ressaltou que tem um “excelente relacionamento” com o presidente chinês, Xi Jinping, e afirmou que os dois continuarão trabalhando juntos em muitas questões. No entanto, o americano enfatizou que ninguém mais irá tirar vantagem dos EUA no comércio. “Nem a China nem outros países do mundo. Continuaremos usando todas as ferramentas disponíveis para criar um sistema de negociação melhor e mais justo para todos os americanos”, disse o presidente americano.

Na tarde desta segunda-feira, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a China está engajada em uma “economia predatória de nível sem precedentes de furto de propriedade intelectual”. Durante evento em Detroit, Pompeo também comentou que as recentes afirmações de Pequim sobre “abertura e globalização” são “uma piada”.

  • Chicago põe à venda 60 mil contratos de soja (contra 12 mil comprados) (AGResources)

Às 2 horas desta madrugada (horário de Brasília) o mercado da soja em Chicago desabava. Com dois vencimentos abaixo de 9 dólares, a perda superava 16 cents na sessão noturna. —

Soja (JUL 2018) 892,25 -16,25
Soja (AUG 2018) 897,75 -16,25
Soja (SEP 2018) 903,75 -16,25
Soja (NOV 2018) 915,25   -16,25 —

Como a AgResource (ARC) vem alertando desde o início desta saga, definir uma tendência para os preços com a intervenção política imprevisível de qualquer país, é uma tarefa impossível. É evidente que o atrito entre os EUA e China seria um fator positivo para os preços físicos da soja na América do Sul, no longo prazo, principalmente pelo incentivo extra da demanda pela oleaginosa brasileira e argentina.

Porém, o delineamento do Mercado no curto-prazo está diretamente relacionado à percepção especulativa dos fatos momentâneos. Os fundos de gestão ativa na última semana reduziram agressivamente suas posições compradas da soja-grão. Uma reversão de quase 60 mil contratos líquidos comprados, agora somando apenas 12 mil posições no lado da compra.

Posições dos pricipais produtos no pregão noturno (02:00 hor BRasilia): Soja 891.75-1.55%Milho349.75-1.69%Trigo485.75-0.87%Café Contrato C116.62-0.79%Açúcar NY nº1112.00-0.25%Algodão nº287.97+0.57%Petróleo WTI65.28-0.62%Ouro1,285.40+0.41%.

Exportação de soja pelo Brasil soma 5,66 mi t em 11 dias de junho, diz Secex

SÃO PAULO (Reuters) – A exportação de soja do Brasil em 11 dias úteis de junho somou 5,66 milhões de toneladas, ou uma média de 514,6 mil toneladas por dia, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O dado aponta um recuo na comparação com a média diária fechada de maio, de 588,3 mil toneladas, quando o Brasil exportou um recorde mensal absoluto de 12,35 milhões de toneladas, segundo dados da Secex.

Mas os embarques no acumulado de junho se mostram superiores ao total do mesmo mês do ano passado, quando a média diária somou 438 mil toneladas.

O Brasil, líder global no mercado da oleaginosa, está exportando uma safra recorde de soja em 2018, mas agentes do mercado têm comentado que incertezas relacionadas ao tabelamento do frete, após a greve dos caminhoneiros, estão reduzindo o movimento de transporte e os negócios.

“Para os próximos meses, é normal que as exportações comecem a apresentar recuo. No entanto, o impacto pode ser maior devido à resolução que determina a tabela de preços mínimos para o frete rodoviário estar limitando as negociações e o escoamento de grãos nesta primeira quinzena de junho”, afirmou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), nesta segunda–feira.

Veja detalhes sobre as exportações de commodities do Brasil em junho no link:

  1. http://www.mdic.gov.br/images/balanca-semanal/3%C2%AA_Semana_06_M%C3%AAs_Commodities.ods

Economia da China, de US$ 13 trilhões, suportará as sobretaxas americanas (New York Times)

As tarifas anunciadas na última sexta-feira terão pouco impacto imediato na China, apesar do tamanho dos US$ 50 bilhões em produtos envolvido e da reação gerada na mídia chinesa oficial.

As medidas de Trump são, em última medida, pequenas e direcionadas a um grupo também pequeno para impactar seriamente a economia de US$ 13 trilhões da China, que não mais depende tanto das exportações e pode facilmente encontrar outro mercado além dos EUA para vender seus produtos.

As tarifas poderiam se espalhar, claro. Os EUA ameaçaram impor taxas em mais US$ 100 bilhões de produtos fabricados na China e poderiam, em teoria, atingir mais US$ 500 bilhões de itens, o montante total que os americanos compram do país asiático.

A China poderia retaliar com suas próprias tarifas nas exportações bem menores dos EUA, além de impor medidas punitivas contra empresas americanas fazendo negócios em território chinês.

Quaisquer medidas têm o risco de causar problemas na cadeia global de fornecimento de mameiras repentinas e inesperadas, ou poderia gerar danos na confiança dos investidores para construir fábricas ou outros negócios nos dois países.

Já há sinais de tensão na economia global vindas de temores comerciais mais amplos, uma fraqueza que China e EUA estão melhor posicionados para enfrentar do que outras nações.

COMUNICADO TINHA CINCO MENÇÕES AO ‘MADE IN CHINA 2025’

Ainda assim, a falta de impacto imediato também daria a ambas as nações um espaço para se acalmar.

Os dois lados têm suas razões para evitar uma luta. Os EUA podem precisar da ajuda da China para manter sua paz incerta com a Coreia do Norte. Já Pequim tem tem questões como quebrar o vício do país no crescimento econômico impulsionado por dívidas sem comprometer a expansão do PIB. Alguns indicadores já mostram sinais de desaceleração, embora se houver uma piora significativa, a China pode encontrar nas tarifas de Trump um bode expiatório conveniente.

Para os dois países, a questão se tornou bem mais do que uma disputa sobre questões econômicas. Ela se tornou uma batalha por qual país vai dominar indústrias com altos salários e altas habilidades de amanhã. Washington e Pequim, da mesma forma, veem essas indústrias como essenciais para proteger a segurança nacional e criar empregos.

O governo Trump está pressionando forte por limites no programa governamental chinês de US$ 300 bilhões para impulsionar essas indústrias, o Made in China 2025. Pequim quer tornar o país um líder na fabricação de produtos avançados, de microchips a aeronaves comerciais.

O comunicado do governo Trump anunciando tarifas conseguiu mencionar o programa de políticas industriais chinês cinco vezes.

PROBLEMAS PARA INDÚSTRIAS ESPECÍFICAS

Mas a mesma determinação é mostrada pela China quando o assunto é preservar o programa. E a questão comercial se tornou tão high profile que o público chinêspassou a esperar que Pequim seja turo contra as medidas de Washington nesse campo.

— Esta pressão será alta — disse Tu Xinquan, diretor do China Institute of World Trade Organization Studies em Pequim. — Não há jeito de voltar atrás.

Enquanto as tarifas americanas podem afetar indústrias chinesas específicas, elas provavelmente farão pouco para o crescimento geral do país. E se US$ 50 bilhões parecem muito, eles representam apenas 0,4% da economia da China. Os detalhes sugerem que o impacto pode ser ainda menor.

Em algumas medidas, elas são até menores do que algumas tarifas impostas por presidentes anteriores. Em seu primeiro ano na Casa Branca, Barack Obama determinou uma penalidade de 35% sobre carros e alguns tipos de pneus produzidos na China. Já George W. Bush impôs tarifas de até 30% sobre aço importado durante seu segundo ano de mandato.

ANALISTAS OU TORCEDORES? O CASO PATOLÓGICO DA MÍDIA COM TRUMP (por Rodrigo Constantino)

Não é de hoje que a mídia está tomada por esquerdistas. O fenômeno mistura décadas de lavagem cerebral nas universidades com um aparelhamento deliberado por socialistas, além do próprio viés natural dos jornalistas. Mas nunca tal preferência ideológica ficou tão escancarada como na cobertura da política americana, em especial nas reportagens sobre o presidente Trump.

Ninguém é obrigado a gostar do “fanfarrão”, e basta citar que mesmo entre os republicanos houve forte resistência ao seu nome. Mas quem pretende fazer análise precisa deixar esse filtro particular o mais distante possível. Caso contrário não estamos diante de analistas, e sim de torcedores partidários. E torcedores não costumam ser imparciais: sempre acham que o juiz ajudou o adversário.

Com base nessa torcida, os jornalistas e seus “especialistas” conseguiram errar tudo — simplesmente tudo! — quando se trata de Trump. A começar, claro, com as chances de sua vitória, que consideravam praticamente nulas. Logo em seguida passaram a prever o caos, o apocalipse, tanto na economia americana como na geopolítica. Trump iria afundar a América e causar a Terceira Guerra Mundial.

Os alertas de quem estava efetivamente analisando o cenário eram ignorados, como coisa de fanático de extrema direita. Resultado: até aqui, os “especialistas” ficaram totalmente desmoralizados, enquanto quem deixou a ideologia de lado tem acumulado acertos — e credibilidade. A economia americana deixa o marasmo da era Obama para trás e o desemprego bate recorde de baixa, principalmente entre as minorias, que Trump supostamente odiava. E a postura com mais testosterona do presidente, resgatando o papel de xerife do mundo da América, já surte os efeitos positivos, inclusive com um acordo histórico com o ditador comunista coreano.

Tudo isso sob o ininterrupto ataque da imprensa, apelando cada vez mais para táticas patéticas e fazendo de tudo para pintar Trump como um maluco imbecil perigoso. O duplo padrão salta aos olhos do mais ceguinho dos observadores. Se Obama recebia um Nobel da Paz antes de governar e era idolatrado pelos jornalistas ao se curvar diante do ditador cubano ou do regime iraniano, como se fosse trazer a paz mundial dessa forma covarde, Trump é detonado como um terrível isolacionista belicoso, a despeito de seus resultados concretos para mostrar.

Os jornalistas amavam a ideia de Obama, como agora amam o que o “progressista” canadense Trudeau representa, apesar de sua pusilanimidade ser gritante. Enquanto isso, alimentam seu ódio irracional por Trump, que não dá a mínima para o chororô histérico da mídia, e segue focado em deixar um legado positivo. Não temos analistas sérios; apenas torcedores — cada vez mais humilhados pelos fatos.

Texto originalmente publicado pela revista IstoÉ

Trump diz que não permitirá que EUA se tornem um “campo de imigrantes”

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que não permitirá que seu país se torne um “campo de imigrantes” no momento em que seu governo enfrenta uma avalanche de críticas por separar crianças imigrantes de seus pais na fronteira com o México.

Democratas e até alguns colegas republicanos de Trump repudiaram o governo por separar quase duas mil crianças de seus pais na divisa entre meados de abril e o final de maio. Profissionais médicos alertaram que a prática pode causar traumas duradouros às crianças.

As separações familiares são resultado da política de “tolerância zero” de Washington, que ordena a prisão de todos os adultos flagrados entrando no país ilegalmente, inclusive postulantes a asilo.

Enquanto os pais são mantidos em prisões, as crianças são enviadas a centros de detenção diferentes. Imagens de vídeo divulgadas pelo governo mostraram crianças imigrantes detidas em jaulas de arame e sentadas em pisos de concreto.

Trump, que fez do endurecimento com a imigração uma das principais bandeiras de sua Presidência, reagiu aos críticos com contundência nesta segunda-feira.

“Os Estados Unidos não serão um campo de imigrantes, e não serão uma instalação para abrigar refugiados. Você olha o que está acontecendo na Europa, olha o que está acontecendo em outros lugares – não podemos permitir que isso aconteça aos Estados Unidos, não sob meu comando”, disse Trump na Casa Branca enquanto anunciava outra política de governo.

Leia mais em Notícias Agrícolas

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